domingo, 8 de janeiro de 2012

CAMINHADA CONTRA A VIOLÊNCIA



Dia 01.01.2012 houve uma caminhada de repúdio contra a violência, saindo da praça da Igreja São Bento até o Cruzeiro, na Av. Timbiras, bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus. O IECAM, como um movimento social do bairro participou do evento, empunhando faixas e cartazes contra a violência ao meio ambiente, que diziam: “ Av. das Torres, sim! Por dentro do Parque, não!”; “Entre o concreto e o asfalto o Parque Sumaúma é Vida” ; “O barulho urbano tira a paz de muitos, os fragmentos florestais devolvem a paz” ; “Quem agride o meio ambiente contribui com a violência: Respeite o Sumaúma”! E tantas outras, chamando a atenção dos participantes e da sociedade em geral para a intenção do governo do estado em margear o Parque Estadual Sumaúma com a Av. das Torres, destruindo mais de três hectares de floresta primária, nascentes de igarapés e todas as espécies de vidas ali existentes. Bradamos também contra o abandono dos FRAGMENTOS DE FLORESTA urbanos, hoje servindo de lixeiras, sem a devida proteção do poder público.

Augusto Leite/ IECAM

PROJETO DE MORTE


Em 22.12.2011 às 8h no Parque Estadual Sumaúma reuniu-se o Conselho Consultivo do Parque Estadual Sumaúma, tendo como pauta: 1º) Composição do novo conselho e posse dos novos conselheiros. 2º) Novo projeto da Seinfra para a 2ª etapa da Av. das Torres. No primeiro tópico houve problema, faltaram nove representantes das instituições governamentais e dois representantes das organizações da sociedade civil, ou seja, não houve quorum. Com relação ao segundo tópico, apesar do conselho não poder votar, houve uma importante discussão da comunidade, mais de 30 comunitários, com os técnicos da Secretaria de Infraestrutura, que vieram apresentar o referido projeto para o conselho e a comunidade.
Após a apresentação dos técnicos do governo, vários membros da comunidade tomaram a palavra e, todos unanimemente, condenaram as pretensões do novo projeto governamental, que prevê a passagem da Av. das Torres, margeando por dentro do Parque, destruindo mais de três quitares de floresta e, consequentemente, a morte das várias espécies da fauna e flora amazônica que se abrigam naquele precioso fragmento de floresta. Por causa do seu rastro de destruição o denominamos “PROJETO DE MORTE”.

Augusto Leite/ IECAM

A QUEM INTERESSA ECONOMISAR?

Às vésperas da reunião do Conselho do Parque Sumaúma, dia 21.12.2011 às 8:30h, na Av. Timbiras com Av. das Torres, houve uma prévia da comunidade com os engenheiros da Seinfra para uma discussão em busca de uma alternativa de desvio da Av. das Torres em relação ao Parque Sumaúma. No ânimo das discussões um dos técnicos do governo, disse: “Essa alternativa de vocês é muito cara, isso vai custar uns trinta milhões, o nosso só chegaria a uns cinco milhões. A quem interessa economizar às custas de um grande prejuízo ambiental?
O projeto apresentado pelos técnicos do governo é um projeto pragmatista, que só visa o resultado, ou seja, entregar mais uma grande obra ao povo. Não somos contra a Av. das Torres, muito pelo contrário, reconhecemos que nossa cidade precisar criar novas vias para melhorar o fluxo do já caótico trânsito de Manaus. O projeto da comunidade propõe um desvio, ou seja, a continuidade desta importante obra seguindo o curso da Av. Timbiras. Claro que este caminho tem um custo maior por conta das possíveis indenizações. Mas, o que é mais caro? O cimento, o concreto, o asfalto, ou a Vida? A vida que está na vegetação composta de mata primária, que está nas nascentes de água, que dá abrigo a muitas espécies vivas do ecossistema Amazônico. É possível reconstruir um ecossistema destruído? A quem interessa economizar?

Augusto Leite/ IECAM