Prezados amigos
Recentemente deixamos de contar com o
sorriso e com a alegria contagiante do Sr. Edmilson Rodrigues que tão cedo nos
deixou, mas precisamente, no dia 21 de maio deste ano de 2013. A alegria, a gentileza, a sinceridade, a simplicidade estão de luto nos
corações daqueles que conheceram de perto. Perda lamentável, irreparável e
imensurável.
Desculpem-me aqueles que estão
sabendo por meio de mim e somente agora, mas não tive como informar antes, pois
todos sabem da minha proximidade com ele. Ele sempre foi o meu amigo de fé, meu
irmão camarada. Durante algum tempo não consegui escrever ou falar dele, ainda
está muito difícil. Mas acho importante informar, até para que as pessoas
entendam o que ocorreu com uma pessoa que aparentava ter saúde para dar e
vender.
O Sr. Edmilson que trabalhava no
Parque Estadual Sumaúma tinha um grave problema cardíaco desconhecido por ele e
pelas pessoas com quem convivia. No começo deste ano, teve um diagnóstico
equivocado de pneumonia, fez alguns exames, incluindo exames do coração, que
não acusou o real problema. Numa segunda rodada de exames, desta vez para sua
contratação pela Unissol para sua manutenção no Parque Sumaúma, também nada foi
diagnosticado. Em 30 de março sofreu o primeiro infarto no Pronto-socorro 28 de
agosto. Transferido alguns dias depois para o Hospital Francisca Mendes, onde
foi confirmado o problema e a necessidade de fazer uma cirurgia, porém, quase
dois meses de hospital o deixaram debilitado e o problema se agravou, vindo a
óbito após sucessivas paradas cardíacas antes mesmo de operar.
O Sr. Edimilson era uma pessoa muito
especial pelo modo de tratar as pessoas, não importando a idade, a cor, ou a
religião. Tinha sempre um sorriso estampado no rosto, e um carinho que lhe era
peculiar. Fazia as pessoas se sentirem bem. No Parque era uma pessoa para tudo
e para todos. Costumávamos dizer que ele era o homem Bombril “mil e uma
utilidades” ou nosso Severino (apelidos carinhosos pela importância e
disponibilidade). Na homenagem da sua igreja (Adventista), o Pastor disse que a
marca do Sr. Edmilson era servir, eu vou além, SERVIR COM AMOR. No Parque ele
sempre me dizia que tudo estava bem e era maravilhoso, às vezes eu discordava e
mostrava que nem tudo eram flores, ele me respondia, “vai melhorar porque papai
do céu tá no comando”... Ele tinha uma frase quando as coisas davam certo, em
cada conquista no trabalho, um visitante satisfeito ou o contato com uma boa
pessoa: “Fulano é tudo de bom”, essa pessoa é tudo de bom, qualquer coisa legal
ele classificava como TUDO DE BOM. Era uma pessoa de oração. No Parque ele
instituiu a oração de agradecimento na hora da refeição, tratado por nós como a
hora do amém. Certa vez ele orou pedindo bênçãos para os amigos e inimigos
também, e logo foi contestado, mas ele falou que devíamos orar por todos. Era
mesmo uma pessoa de luz... Cuidou do Parque como ninguém, tornava o lugar
especial, gostava de atender os visitantes (especialmente crianças ou idosos),
sabia chegar às pessoas, mesmo quando estas estavam cometendo delitos contra o
Parque. Vou ter sempre a lembrança dele servindo cafezinho ou chá de
capim-santo para as pessoas nas reuniões do Parque ou colocando banana para os
sauins e passarinhos. Seu sonho profissional era ser um guarda-parque no
Sumaúma, adorava fotografar animais, plantas e eventos, grande parte do acervo
fotográfico do Parque foi registrado por ele.
Sr. Edmilson deixou muitos de amigos;
uma excelente família, a esposa D. Cinthia e seus filhos: Tayane e Júnior,
irmãos e mãe no Estado do Maranhão. Muitas pessoas ao saberem de seu
falecimento, preferiram guardar a lembrança dele em vida, sorridente, feliz e
amável e por isso decidiram não ir ao velório ou cemitério, isso é muito
compreensível; eu não pude ter essa escolha pela proximidade dos últimos 5 anos
de convivência. Mas foi importante acompanhar tudo até o fim, para me convencer
da realidade difícil de acreditar e de aceitar. Soube que os vizinhos do Parque
deixaram flores no portão ao saberem da notícia.
AGRADEÇO IMENSAMENTE aos colegas do
CEUC, para os quais não pensei duas vezes e pedi apoio para pagar o funeral,
especialmente ao Gilmar que se empenhou numa campanha interna no CEUC, e a
todos que colaboraram com este ato solidário, num momento muito difícil.
De todas as perdas na vida, esta foi
uma para qual nem de longe eu estava preparada. A vida segue, mas faço questão
que ele seja lembrado como uma pessoa muito especial e posso dizer FOI UM
GRANDE PRAZER CONHECÊ-LO!
Um abraço a todos
Vera Lúcia Falcão